Cerca de oito paises falam português no mundo, isso da mais de 200 milhões de usuários, o que nos torna a quinta língua mais falada no globo.
Possuímos duas grafias oficiais; a portuguesa e a brasileira, a portuguesa é a que mais influência os outros países [Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste] que, junto ao Brasil e Portugal formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Aqui no Brasil fala-se que, a nova ortografia irá trazer muitos benefícios, dentre eles, uma melhor circulação dos livros escritos em Portugal e de acordo com muitos estudiosos facilitará o intercâmbio cultural entre os países que falam português.
Bom, até aí tudo bem, mas colocando os pingos nos is, e prestando atenção, a nova ortografia será voltada apenas para os letrados.
Vivemos em um país onde poucas pessoas leem “nova ortografia” onde poucas realmente dominam a nossa língua e nossa ortografia, e onde os livros não chegam a população.
Então pra que tamanha preocupação em mudar nossa ortografia? Tudo bem que apenas 2% de nossa escrita estará dizimada, mas e aqueles que já se acostumaram com a maneira antiga de escrever e os que nunca se acostumaram, como ficam?
A preocupação de nosso governo deveria ser em unificar o nosso povo através da nossa leitura, incentivar o povo a ler, distribuir livros àqueles que não tem acesso, afinal se não lemos nem nossa literatura, que diabo que temos que ler a literatura dos outros, temos que dar mais valor a nossa cultura, o saudoso Betinho sempre falava que só se faz um grande país através de grandes leitores.
E isto não acontece no nosso país, para se ter uma idéia da dimensão do problema, no Brasil, temos um total de 2.680 livrarias para cerca de 180 milhões de habitantes e 68% destas livrarias, ficam no Sudeste e Sul do país de acordo com a Associação Nacional de Livrarias (ANL).
Segundo dados da Unesco, são necessários três fatores para que existam leitores em um país.
1. O livro deve estar em um lugar privilegiado no imaginário nacional.
2. É preciso que existam famílias de leitores.
Estamos perdidos, porque aqui o que toma conta do nosso imaginário, é nada mais nada menos que a nossa querida TV, defasada mas sempre presente no nosso cotidiano, famílias de leitores nem pensar, e a escola não ajuda e as vezes só atrapalha.
E o governo ainda vem com essa idéia de nova ortografia.
Saiba mais!