sábado, 30 de maio de 2009

Não eram só pijamas

Baseado no livro homônimo do romancista alemão John Boyne, o filme O menino do pijama listrado (2007) traz à tona um tema incapaz de ser pensado quando se trata de Segunda Guerra Mundial: a amizade entre um judeu e um herdeiro do nazismo.
Mark Herman, diretor e roteirista da produção, ficou conhecido na comédia romântica Hope Springs- Um lugar para Sonhar (2003), mas somente veio a consagrar-se ao adaptar o livro de John Boyne às telas do cinema.

Contextualizado em um período conturbado da história mundial, ou seja, durante a Segunda Guerra, o longa conta a história de um garoto de 9 anos que é obrigado a mudar de residência devido a ordens de Adolf Hitler ao seu pai, soldado nazista.

A família de Bruno (Asa Butterfield) é orientada a sair de sua bela mansão em Berlim para morar próximo ao famoso campo de concentração de Auschwitz, o que faz com que o garoto se distancie de crianças da sua idade e busque algo diferente em sua nova casa. Ao observar, da janela de seu quarto, uma movimentação de pessoas em um lugar - chamado por ele de fazenda - próximo à sua casa, Bruno decide aventurar-se por entre as florestas e descobrir o que há por trás dos pijamas listrados que vestem as pessoas que habitam aquela “fazenda”.

Ao desobedecer a sua mãe, belamente interpretada pela atriz Vera Farmiga, o menino conhece um mundo novo e completamente diferente do seu. Bruno conhece Shmuel, personagem interpretado pelo pequeno e gracioso Jack Scanlon, e que tem a idade de Bruno, mas vive uma realidade completamente diferente da de seu novo amigo. Ao longo do filme, os pequenos firmam uma amizade sólida e ingênua, em que a crueldade marcante pela Segunda Guerra Mundial, personificada na pessoa de Hitler, é vista de forma ingênua e despercebida sob os olhos de duas crianças.

Para quem gosta de surpresas em finais de filmes, O Menino do Pijama Listrado emociona e cativa de forma surpreendente aqueles que se mantém presos à idéia de que guerra é sinônimo de tristeza.

Instigante em seus momentos finais, o último suspiro do filme direciona os espectadores a uma conclusão raramente abordada por grandes cineastas especialistas em guerras mundiais: a prova de que os nazistas puderam saborear o próprio veneno.

De forma sutil, o drama supera a ausência de objetividade expressa no livro ao qual deu origem à produção.

Por: Andréa Barros



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sexta-feira, 29 de maio de 2009

5ª edição do Concurso Universitário de Jornalismo CNN

O Concurso Universitário de Jornalismo CNN é um evento nacional de cunho cultural, promovido pela Turner International - e aberto exclusivamente a estudantes de jornalismo. O tema deste ano é a O uso da tecnologia no desenvolvimento social e o objetivo é incentivar o desenvolvimento do talento dos participantes e premiar o seu desempenho na elaboração de matérias jornalísticas televisivas.

Se você é estudante de jornalismo, não deixe de participar e concorrer a uma viagem para visitar os estúdios da CNN International nos EUA, e ainda ver sua matéria exibida no canal CNN.

As inscrições que começaram no dia 24 de março podem ser feitas até dia 29 de junho de 2009.

Novidades do Concurso: A novidade de 2009 é que o estudante vai poder enviar o vídeo de até 2 minutos pelo You Tube, sendo que ele poderá produzir quantas matérias quiser.

Atenção: O concurso é válido somente para estudantes de jornalismo. O ganhador conhecerá os estúdios da CNN International, além de ter sua matéria exibida pelo canal.

Como Participar: [link para ficha de Inscrição]

Duvidas: e-mail: fred@ichimps.com.br ou pelo telefone: (11) 3711-8131



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quinta-feira, 28 de maio de 2009

"A arte vivida em cores"

"Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".

Assim a pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954) definia sua obra. E é sua própria realidade retratada em muitas cores de seus quadros que se materializa com arte e perfeição na peça “As cores de Frida” do diretor, ator e bailarino Leônidas Portella.

A peça é sua primeira montagem de conclusão do curso de licenciatura em teatro pela Universidade Federal do Maranhão e recebeu a nota máxima da banca examinadora.

Apesar de ser recém formado, é uma montagem realizada com esmero e cuidado e foi encenada pela primeira vez em janeiro de 2009 no teatro Arthur Azevedo. O elenco é formado pelos atores-dançarinos: Alex Liberato, Geraldine Gauthier, Helena Travassos, Karla de Jesus, Klayse Toshimi, Leandro Mendes, Marina Correa, Neusa de Paula, Nina Araújo, Rosa Ewerton, Thaís Brito, Timórteo Cortes e Valda Lino.

Todos são alunos da oficina ministrada por Leônidas Portella, no decorrer do projeto Ação Cultural em Teatro. Na peça não há personagens definidos sendo que todos representam as angústia e situações sofridas por Frida.

Além disso, se contextualiza principalmente na releitura de pinturas, cartas e quadros da pintora Frida Kahlo. A montagem tem como temática principal a mulher e sua valorização sua valorização na sociedade, sendo Frida Kahlo uma representante fiel desse tema. Traz a vida da pintora, dividindo sua história na encenação entre os seus inúmeros acidentes e doenças, passando por sua vida amorosa com Diego Rivera muito conturbada, seus relacionamentos homossexuais, seu amor pelo México, engajamento político no partido comunista do seu país e por fim a sua morte. Tudo isso mostrado em suma por expressões corporais com diálogo quase inexistentes, mas marcado em toda a peça pela respiração profunda, dando extrema vivacidade ao sentimento de Frida e sonora dos atores-dançarinos e com algumas intervenções sonoras para dar mais dramaticidade. Uma delas é do filme “Frida”, representando o acidente vivido pela pintora. Com 70 minutos de duração, a peça “As cores de Frida” é mais uma montagem do Núcleo Atmosfera de Dança e Teatro que mostra a vida partindo para além da expressão e sentimento de mais uma mulher revolucionária.

Sua encenação se repete na quinta-feira (28/05/09) no Teatro Arthur Azevedo, a partir das 20h. Para os amantes da pintora mexicana, do teatro e da valorização cultural maranhense, o ingresso custa apenas 12 reais com meia para estudantes.

Por: Aline Alencar Nunes

Estudante do 5º período de Jornalismo da UFMA


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