domingo, 28 de setembro de 2008

Curta metragem "Ao seu lado"


Terceiro curta metragem de Nayra Albuquerque surpreende no improviso de uma história clichê sobre garota paraplégica solitária e sem amigos.

Com a estréia de André Garros(19) como roteirista, a cineasta e radialista, Nayra Albuquerque(20) filmou, na tarde deste sábado, o terceiro curta de sua promissora trajetória como cineasta. Com dois curtas já “nas costas”: Com casca ou sem casca (2007), e Na Barragem (2008) Nayra reuniu sua equipe no set de filmagem no colégio Batista Daniel de La Touche e mostrou que apesar de todos os problemas enfrentados para se fazer cinema no Maranhão, com uma boa idéia e uma câmera na mão, podemos tentar fomentar algo no nosso pacato cinema.
Intitulado Ao seu lado, o curta conta a história de Lúcia (Andrea Barros) uma garota paraplégica que vive revoltada e solitária até que conhece Daniel (Juan Pablo Gusmão) um jovem rapaz que lhe ajuda em um obstáculo na escola, e juntos tornam-se amigos.

Com apenas 1´30´´ o filme, possivelmente, será um dos representantes Ludovicenses no I Festival Claro de Curtas.

Perguntados sobre o principal problema enfrentados pelo cinema no estado, Naíra Albuquerque e André Garros foram incisivos ao afirmar que não existe patrocínio e nem apoio por parte do governo, o que torna o projeto muito mais difícil de ser feito.
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Cara o foda é o patrocínio que não existe, ai às vezes você tem que ficar dependendo de certos editais para tentar viabilizar o teu curta, mas muitas das vezes, isso é só frustração”, afirmou o roteirista.
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Sobre projetos futuros, os dois mostraram grande interesse em continuar no mercado cinematográfico. André Garros está produzindo um roteiro sobre as influências da propaganda nas vidas das pessoas e Nayra Albuquerque tem em mente filmar até o final deste ano um documentário sobre o sistema carcerário em São Luís, já pensando na mostra competitiva do festival Guarnicê de cinema 2009.

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Debate com os candidatos à prefeitura de São Luis na UFMA

Debate realizado nesta quinta-feira às 16h no auditório na área de vivência da UFMA mostrou aos presentes o quanto os candidatos estão despreparados para exercerem um cargo de suma importância para o desenvolvimento da capital do Maranhão.
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Com a falta não justificada de alguns candidatos: Flávio Dino, Raimundo Cutrim e Gastão Vieira, o debate seguiu com os candidatos Pedro Fernandes, Cleber Verde, Paulo Rios e Elbson Madeira.
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Tendo com de praxe rodadas de 5 minutos para cada candidato expor suas idéias e principais propostas o que foi visto foi um a ataque feroz direto a certos candidatos que não estavam presentes no local e propostas lançadas sem nenhuma estratégia de como fazê-las.
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O debate teve inicio com a voz de Elbson Madeira ao microfone. Sempre com uma fala atenuada falou sobre o PSTU e sua luta como militante político, sobre o quanto o Maranhão precisa mudar e que isso poderia acontecer com o PSTU já que o partido é feito por trabalhadores e com isso não haveria mais a alternância de oligarquias no poder.
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Pedro Fernandes sempre com um jeito calmo -parecendo estar com a cabeça em outro lugar- falou sobre sua índole. Fez uma relação: direita e esquerda, consumismo maranhense, juventude pobre, e terminou falando que iria colocar ônibus com ar condicionado na Capital. -como e de que maneira, nada-.
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Depois foi à vez de Cleber Verde. Com sua barba impecável, começou pela falta de infra-estrutura no nosso trânsito, disse que se for eleito irá colocar 150 novos ônibus na capital, falou sobre a construção de vias expressas para a movimentação rápida dos ônibus, esbravejou sobre um planejamento de metrô de superfície, mas não mostrou -hora alguma- da onde seria este investimento ou até mesmo como iria fazer.
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Paulo Rios ao microfone. Começando a saudar os presentes, mostrando os militantes do PSOL, seu partido, começou o uso exacerbado da palavra oligarquia, parecia uma aula de ódio, sempre digladiando os outros governos, falando sobre sarneysmo, jackismo. Mostrando todo o seu lado marxista, detonou o governo Lula ao qual chamou de “nova direita”. Com uma fala gritante detonou as elites no Maranhão, e por fim terminou se cuspindo todo dizendo que São Luis teria que mudar. Propostas e idéias, nada.
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Depois das falas dos candidatos abriu-se uma rodada “nada organizada” de perguntas, que não surtiram efeito, afinal a maioria das perguntas caíram em cima dos candidatos errados, pois na “certa” organização do debate os candidatos seriam escolhidos previamente e depois escolhida a pergunta em uma caixa que mais parecia uma caixa de sapatos.
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Por fim, falou-se sobre falta de infra-estrutura, saúde, sobre o novo, “transição de oligarquias”, muito blábláblá e nada de planejamentos, organização, nenhum projeto para melhoria na educação, nada mesmo.
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O que ficou foi uma certeza que a finalidade destes candidatos está apenas em ganhar um bom salário e se per fazer, e continuar deixando nossa capital na merda.
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Chega de conformismo, chega de ignorância. Temos que dar um basta nesta politicalha toda, afinal somos os únicos afetados diretamente com as más administrações destes que querem enriquecer a nossas custas e acham que podem ficar impunes.

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Ensaio sobre “O ensaio sobre a cegueira”

Sábado fui assistir ao longa Ensaio sobre a Cegueira. Filme dirigido por Fernando Meirelles, o mesmo do aclamado Cidade de Deus.
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Baseado na obra de José Saramago o filme conta a história de uma terrível “cegueira branca” que assola a população mundial. Filmado em vários ambientes inclusive na cidade de São Paulo, a película demonstra certo censo-comum entre as cidades que foram sets de filmagem, com todo o seu lado cosmopolita de viver, paredões, fachadas de concreto, e pessoas solitárias.
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Com um elenco mediano, tendo como atriz principal a Julianne Moore (Hannibal) o filme mexe com o telespectador do inicio ao fim.
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Nos primeiros minutos do filme você não entende nada. Um jovem fica cego dirigindo, no caos do
trânsito de uma grande cidade, e assim começa toda a história. Um japonês começa a passar o certo vírus da cegueira a todos que mantém contato direto.
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As pessoas que contraem o vírus são mandadas a um hospício abandonado, e lá começam a viver dias de terror. A trama se passa completamente pelo hospício, o que deixa o telespectador em agonia, com reações bem típicas do ser humano: egoísmo, machismo, oportunismo... O enredo mostra o nosso lado obscuro, o pior lado do ser. O roteiro faz uma analogia com o ser humano “normal” e todo o seu lado podre e demonstra que até em casos de extrema necessidade não nos esquecemos de ser brutos.
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Uma cena muito forte do filme se passa quando certos “cegos” de uma determinada ala do hospício, na qual fica armazenada a comida do lugar, decidem trocar a comida por noites com as mulheres do local. A cena é completamente triste porque mostra o quanto a mulher é forte determinadas horas, e o quanto o homem é cruel e fútil.
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Mulheres sendo violentadas dentro do hospício por homens completamente enfurecidos, e seus maridos, ou o que quer que sejam não fazem nada, e elas lá sendo devoradas por todos os tipos de homens, a cena é lamentável, é triste e horrível.
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Sempre ao fundo do filme somos surpreendidos por narrações precisas e encantadoras de Danny Glover (Máquina Mortífera) que também é um cego e narra de uma maneira intrínseca os acontecimentos.
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Dono de uma boa fotografia, com um roteiro bem adaptado e em cima de um bom enredo, deu uma bela história. O filme é muito bom, vale à pena ser assistido.

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A revolução não será televisionada

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Documentário exibido nesta quarta-feira no anfiteatro do curso de comunicação da UFMA mostrou o lado desconhecido por milhões de brasileiros sobre o presidente da Venezuela, Hugo Chaves. Intitulado “A revolução não será televisionada” o documentário foi exibido pelo professor e candidato a vereador Ed Wilson Araujo as 17h00, com comentários posteriores de Walter Rodrigues, Jornalista e editor do Colunão e Adauto Melo, do grupo Beatrice “mídia independente na internet”.
O longa mostra um Hugo completamente preocupado com os problemas de sua pobre nação, demonstra um político completamente populista, e adorável pela parcela pobre da Venezuela, o que já não acontece com o outro lado da moeda.
A elite direitista é mostrada a todo instante arquitetando o golpe de estado junto aos EUA, inteiramente interessados apenas no petróleo Venezuelano, já que a Venezuela é a 3ª maior exportadora de petróleo para os EUA.
Ao longo da película é mostrado um genioso político abraçado por ideais bolivarianos, e o antes e o decorrer do golpe de estado que culminou com sua prisão até o povo pedir sua volta ao Palácio das Flores em Caracas capital da Venezuela.
O filme foi produzido por uma produtora irlandesa e possui 74 minutos.


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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Estadão x Blogueiros - Responsabilidade e Conteúdo Digital


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Terrorismo Urbano

A verdade inconveniente de andar pela Integração .
Momentos de agonia e terror foram vividos ontem por centenas de pessoas no terminal da integração Cohab-Cohatrac. .
No inicio da noite deste domingo meus olhos se depararam com uma cena terrível. Pessoas descendo do ônibus Raposa Araçagi, e logo uma pequena confusão, generalizada. Gritaria, pessoas correndo, e crianças chorando, no ônibus um empurra-empurra, e tudo por conta da falta de paciência ao descer do ônibus. Minutos se passando e a coisa ficando pior. Pessoas se aglomerando ao redor do ônibus, querendo ter uma melhor visão e no coletivo uma loucura, um quebra pau, aparentemente, por motivos banais. .
Alguns minutos depois, quando tudo parecia já estar calmo, um sujeito se levanta do ônibus e vai tirar satisfação com uma mulher no fundo que, com uma criança nos braços, gritava sem parar. O homem tira um pau de aproximadamente de sua mochila aponta e grita para que a mulher se retire do ônibus. O caos começa novamente, o marido olha a cena e não fica quieto, os dois começam uma luta até que um cai na plataforma, dois garotos que acompanhavam tudo decidem se meter. (dois meninos que pouco antes haviam se metido em uma pequena briga também dentro do terminal). .
Depois de derrubar o marido da mulher com a criança de colo o homem "com o pau" corre por toda a integração atrás dos meninos, que para ele queriam matá-lo, dá um golpe em um, que o garoto cai desesperadamente, o homem aponta para o garoto e grita “tu procura me respeitar seu pivete” dá-lhe outro golpe e sai se vangloriando, o garoto sai cambaleando e procura uma pedra, enquanto que seu amigo fica próximo olhando tudo. O sujeito se dirige para pegar o seu ônibus Cohatrac Rodoviária quando é surpreendido pelo garoto com uma pedra enorme, entra no ônibus e ameaça todo mundo dizendo que iria quebrar o ônibus todo, se ele não descesse. O homem com medo não desce, o garoto sobe e acerta a cabeça do sujeito, que começa a sangrar, o outro amigo do garoto chega com mais algumas pedras. .
Todas as pessoas no ônibus ficam desesperadas, e começam a descer, o homem pega a pedra e corre atrás do garoto, o garoto pega mais algumas pedras e o confronta. No rosto do homem apenas muito sangue em sua face negra. .
Em momento de fúria o garoto corre atrás do homem até que lhe acerta uma pedra de mais ou menos uns quatro quilos em suas costas, o homem corre para a lanchonete do terminal, o garoto e seu amigo vão atrás cheios de pedras, e o desespero dura por uns 15 minutos em frente à lanchonete. Os meninos querendo entrar a qualquer custo para matar o homem, e o povo se aglomerando ao redor. .
Minutos mais tarde a policia chega ao local, leva o homem e os garotos, depois de uns instantes, peguei o ônibus e fui à igreja, olho na janela e vejo os dois garotos na rua, rindo da baderna que tinham feito na Integração.


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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O curinga da saúde

"Nós temos milhares de embriões já congelados nas clínicas de fertilização que não serão utilizados para mais nada, porque não servem mais para fertilização, mas servem para fazer trabalhos com células-tronco. A questão é jogar no lixo ou permitir que os cientistas usem isso para aliviar o sofrimento humano”.
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Drauzio Varella
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Várias polêmicas estão sendo geradas por volta das pesquisas com células tronco embrionárias, já que a partir destas pesquisas os embriões humanos são destruídos para se tornarem células tronco. Com isso, diversos segmentos da sociedade mundial têm se manifestado contra estes estudos, geralmente grupos religiosos engajados na luta anti-aborto que não aceitam esta destruição.
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A meu ver, o ponto que tem que ser colocado em foco é a questão da utilização destes embriões. É fato que os embriões utilizados nestas pesquisas, são embriões que foram feitos em fertilização in vitro (consiste em uma reprodução assistida) que muitas vezes geram de cinco a seis embriões, que cujos responsáveis utilizam geralmente dois desses embriões e o os outros ficam esquecidos. Ou seja, em quase 100% dos casos se tornam descartáveis, com isso o risco destes embriões se tornarem propriamente humanos é quase nulo.
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Deveria ser discutido –primordialmente- o que fazer com embriões que não vão se tornar pessoas. Embriões que simplesmente foram esquecidos, que não á interesse pelos “pais biológicos” de ovular estes embriões, e que de certa forma podem ser jogados no lixo, e serem privados de salvar centenas de outras vidas.
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Tendo em vista que as células tronco embrionárias podem se tornar qualquer tecido no nosso corpo, o que ajudaria a melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas, entendo que o importante é termos em mente que não estamos privando pessoas de nascer, e sim estamos a partir do conhecimento e tecnologia da ciência nos aprimorando em estudos que podem melhorar e até salvar vidas.

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O canto dos excluídos

Desfile de Sete de setembro em Natal ao fim, pessoas já se deslocando para suas casas, e eu apenas chegando ao local com um ar de desgosto, afinal, tinha perdido toda a festa, por conta de não saber exatamente onde seria e pelas péssimas informações obtidas pelos natalenses.
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Olho ao lado para a praça central e me deparo com um grupo de pessoas vestidas de vermelho com latas grandes e baldes amarrados por fios na cintura. Tenho a impressão de ver um grupo de maracatu e então me recordo que já havia os visto no credenciamento do Intercom. O grupo se chama Pau e Lata e não seriam -necessariamente- um grupo de maracatu, assim como imaginara. Atrás vejo que ninguém liga para a apresentação do grupo, e eu já delirando espero o encerramento da apresentação para conferir com o seu líder, chamado Danúbio, o porquê de ainda estarem ali na praça, já que as alegorias que tinham se apresentado no desfile já haviam ido embora.
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Enquanto espero vejo que atrás do grupo, na grama da praça, existe uma presença maciça de um grupo de sem terras, de olho conto superficialmente e percebo que mais de 150 pessoas se aglomeram.
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Alguns minutos de apresentação e Danúbio decide parar. Como quem não quer nada chego ao seu lado e logo puxo uma conversa, tentando entender o que se passava em minha frente. Danúbio explica que há 4 anos o Pau e Lata se apresenta sempre no final do desfile de 7 de setembro junto ao MST, em Natal. ele denomina este desfile improvisado de “O canto dos excluídos”, pois o grupo nunca tivera a chance de desfilar na avenida central desde a sua estréia, explica que para os organizadores do evento, o Pau e Lata não passa de um grupo barulhento que estragaria a festa caso desfilasse e o MST um bando de baderneiros que ficam lutando por uma causa besta sem lógica. (Como se lutar por um pouquinho de terra fosse algo inútil).
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A hora do almoço está chegando e sou surpreendido por um pedido de um membro do MST para que almoce com eles ali no local, fico meio sem reposta, confesso que com um ar de preconceito e de vergonha, mas decido aceitar. Danúbio conversa com o resto do grupo do Pau e Lata e eu a ouvir. Logo fico sabendo do quebra pau que ouve minutos antes de minha chegada à Praça Deodoro. Policiais se confrontando com os membros do MST, isto porque as pessoas também queriam o direito de manifestar suas ideologias em pleno desfile.
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Policiais batendo em crianças e mulheres, tempos de ditadura passam em minha cabeça quando vejo o Danúbio falando, tempos que apenas vi em filmes ou documentários, mas que a partir daquele momento pareciam reaparecer fortemente.
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Converso com um dos lideres do MST e ele explica que o povo brasileiro não sabe de nada, não sabe o que é sofrer por um “bocadinho de terra” apenas para plantar e veem seus filhos colhendo os frutos. Me mostra que o que sabemos é somente o que a televisão passa, ou seja, sempre o lado do mais forte, o lado do latifundiário, o lado dos poderosos, diz que “olhamos sempre os sem terra como uma corja de arruaceiros, e invasores”. Naquele momento me senti um tolo, olho ao lado e vejo uma senhora chorando ao agradecer o grupo Pau e Lata por continuarem tocando enquanto muitas pessoas brigavam com os policias, chorando dizia que essa seria a única arma deles como sempre foi. Utilizando a música para demonstrar que o Brasil precisava mudar, o Brasil que há muito tempo prometeu uma melhor distribuição de terras, e o que vemos hoje? Apenas pequenas pessoas detentoras de grandes quantidades de terra, que muitas vezes não as utilizam e fazem através da força com que muitas pessoas nem se quer cheguem perto de suas propriedades.
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Sempre com um jeito calmo o líder do Pau e Lata afirmava que a partir da música tudo pode ser mudado, desde que se tenha fé. Lembra a todos que foi assim com os escravos que faziam seus cantos de libertação e que de alguma maneira eles sabiam que um dia seriam ouvidos por seus deuses e seus orixás, e que por essas e outras O canto dos excluídos não acabaria com seu encanto apenas por uma simples batalha.

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A pobre mulher nas propagandas de cerveja

O que diria Simone de Beauvoir (1908-1986) se olhasse o que acontece hoje em dia com a figura das mulheres nas propagandas sexistas de cerveja. Isso é um absurdo, o tema nunca muda, mulheres desnudas desprovidas de inteligência e prontas para serem consumidas por homens morrendo de sede e de fome, este é o retrato demonstrado em todas as propagandas.
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Temos que nos dar conta que tratar as nossas tão queridas mulheres como produto de consumo, é um ato de extremo machismo, de uma artificial superioridade de gêneros. Às vezes fico me perguntando será que estes publicitários não têm na cabeça que as mulheres também consomem cerveja ou fazem isso de mal? Para demonstrar que bebida é coisa de homem. Vejo isso como uma violência contra o corpo e a moral feminina, que tanto sofreu para se igualar com este universo degradante masculino e que agora em pleno século XXI, veem sua imagem defasada na telinha da TV, jornais, revistas que tanto reforçam a imagem da pobre mulher-objeto.
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Sou homem, mas antes de tudo, sou sujeito social e me dou conta que tais propagandas servem para demonstrar apenas valores dominantes e tradicionais sobre as mulheres, o que não deixa de ser uma forma de violência simbólica contra o universo feminino nesta hipócrita e machista sociedade contemporânea, que tem a visão da mulher como um ser incapaz. Pobre sociedade, pobre Brasil, pobre mulher Brasileira, tanto tempo se passou e o machismo ainda predomina num cenário que se diz evoluído.

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