sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ensaio sobre “O ensaio sobre a cegueira”

Sábado fui assistir ao longa Ensaio sobre a Cegueira. Filme dirigido por Fernando Meirelles, o mesmo do aclamado Cidade de Deus.
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Baseado na obra de José Saramago o filme conta a história de uma terrível “cegueira branca” que assola a população mundial. Filmado em vários ambientes inclusive na cidade de São Paulo, a película demonstra certo censo-comum entre as cidades que foram sets de filmagem, com todo o seu lado cosmopolita de viver, paredões, fachadas de concreto, e pessoas solitárias.
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Com um elenco mediano, tendo como atriz principal a Julianne Moore (Hannibal) o filme mexe com o telespectador do inicio ao fim.
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Nos primeiros minutos do filme você não entende nada. Um jovem fica cego dirigindo, no caos do
trânsito de uma grande cidade, e assim começa toda a história. Um japonês começa a passar o certo vírus da cegueira a todos que mantém contato direto.
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As pessoas que contraem o vírus são mandadas a um hospício abandonado, e lá começam a viver dias de terror. A trama se passa completamente pelo hospício, o que deixa o telespectador em agonia, com reações bem típicas do ser humano: egoísmo, machismo, oportunismo... O enredo mostra o nosso lado obscuro, o pior lado do ser. O roteiro faz uma analogia com o ser humano “normal” e todo o seu lado podre e demonstra que até em casos de extrema necessidade não nos esquecemos de ser brutos.
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Uma cena muito forte do filme se passa quando certos “cegos” de uma determinada ala do hospício, na qual fica armazenada a comida do lugar, decidem trocar a comida por noites com as mulheres do local. A cena é completamente triste porque mostra o quanto a mulher é forte determinadas horas, e o quanto o homem é cruel e fútil.
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Mulheres sendo violentadas dentro do hospício por homens completamente enfurecidos, e seus maridos, ou o que quer que sejam não fazem nada, e elas lá sendo devoradas por todos os tipos de homens, a cena é lamentável, é triste e horrível.
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Sempre ao fundo do filme somos surpreendidos por narrações precisas e encantadoras de Danny Glover (Máquina Mortífera) que também é um cego e narra de uma maneira intrínseca os acontecimentos.
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Dono de uma boa fotografia, com um roteiro bem adaptado e em cima de um bom enredo, deu uma bela história. O filme é muito bom, vale à pena ser assistido.

2 opiniões:

Bruno Sagas Lopes disse...

veio senti uma sensação de revalta o ver este filme..... mais é muito bom vale apena!!!!


BLOG: http://bslcorretor.blogspot.com

Erich Pontoldio disse...

Vou assistir nesse final de semana.