terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Feira livre da Praia Grande, um retrato do descaso

foto: Frank Lima

18 anos de feira livre da Praia Grande, e o problema continua o mesmo, no local, muita sujeira e feirantes trabalhando sem uma mínima condição de higiene.

Cerca de 600 feirantes, (este é o numero divulgado pela Associação dos Feirantes de São Luís) trabalham todas as quintas-feiras na feira livre que fica ao lado do terminal de ônibus.

Em dias muito movimentados chega a receber cerca de 1500 consumidores, que por diversos motivos, alguns culturais outros financeiros, vão a feira para fazerem suas compras e também reverem seus amigos, mesmo com uma movimentação tão intensa de pessoas, nossa equipe registrou que em nenhum momento a higiene predomina no local, crianças brincando em lamas, barracas completamente inadequadas, vendedores “despreparados”. Este é o retrato de uma das feiras mais antigas da capital, conhecida por seu uma das mais sujas do estado.

Sem infra-estrutura alguma, os feirantes se desdobram de um lado para o outro para não perderem seus clientes, que parecem não ligar muito para a falta de higiene, perguntados sobre o assunto, alguns consumidores afirmaram que não reparam muito para a higiene do local, e que geralmente compram na feira porque são muito bem tratados pelos feirantes além do preço que conta muito na compra.

Os fiscais da prefeitura afirmam que a falta de higiene existe por que os feirantes não se preocupam em limpar as suas barracas, então a sujeira fica até o final da feira que termina por volta de umas 21h00.

Os feirantes se defendem dizendo que já tentaram muitas vezes um apoio maior da prefeitura, mas nunca são atendidos, e que fazem o que podem para manter a feira limpa e adequada para a movimentação dos consumidores e das mercadorias.

Os guardas municipais que tomam conta do local concordam com os fiscais, de acordo com os guardas, muitos feirantes terminam de atender o consumidor e raramente lavam as mãos, o que sobra da venda geralmente fica ao lado da barraca e o vendedor nem se preocupa em limpar o local, “meu amigo imagine 500, 600 feirantes em uma feira e nem uma preocupação em limpeza, aí já viu né?”, indaga um guarda.

Além da sujeira em volta da feira, alguns feirantes dizem que muitos consumidores são assaltados no local, e que a movimentação de marginais é constante no local, “o local sempre conta com a presença de 7 guardas e duas viaturas” afirma Geraldo Bezerra de Araújo, 42, responsável pela segurança no local, “nós mantemos a ordem aqui, o problema é que algumas pessoas são assaltadas já na saída da feira e nós somos responsáveis pelo local da feira, passou da parada já não é com agente, mas sempre damos um apoio em geral para com a população”, de acordo com sargento Bezerra um dos grandes problemas enfrentados pelo policiamento no local, são as notas falsas que aparecem no local, e muitos vendedores não participam a polícia do ocorrido, que fica sabendo as vezes depois de alguns dias.


1 opiniões:

Liliam Freitas disse...

Uma repórter do jornal O Imparcial fez uma matéria sobre essa temática nesta semana. O Mercado da Tulhas é subaproveitado e olha que está na Praia Grande, onde os turistas sempre vão ou estão.

Claro que não vou entrar no discurso cretino que a feira urge de melhorias por causa dos turistas.Em primeiro plano os trabalhadores da feira e o moradores de São Luís. Se estes tão bem, o turista estará por tabela também!

Fui