quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Fórum “O Brasil que queremos ser”


Revista Veja em parceria com a Universidade Federal do Maranhão, organizou nesta terça-feira o Fórum O Brasil que queremos ser que tinha como principais temas: Democracia, Raça e Pobreza, no auditório de odontologia da UFMA.

A sétima edição do fórum, que começou em São Paulo em setembro, teve como palestrantes, o professor e coordenador do núcleo de estudos Afro-brasileiros da UFMA, Carlos Benedito Da Silva e a professora e cientista política da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro, Maria Celina D´Araújo, como mediador o encontro contou com a presença do jornalista e repórter da revista veja José Edward.

O debate começou as 19h30. No início foram passados dois vídeos aos presentes, um sobre a comemoração dos 40 anos da revista veja e outro sobre o 1º debate realizado em São Paulo.

Em uma hora e meia de fórum alem dos assuntos centrais, foram discutidos assuntos como o sistema de cotas, a inserção da mulher na política, e políticas publicas para a melhoria na democracia, programas assistenciais dentre outros.

De acordo com a palestrante Maria Celina D´Araújo o Brasil ainda não possui uma democracia social, apenas uma organização política, “temos um bom modelo de democracia, mas os déficits mostram que a democracia no nosso país é trágica” falou a professora.

Para o professor Carlos Benedito Da Silva, precisa-se de avanços e definições de políticas publicas no país, além de uma melhoria na qualidade de educação, pois o Brasil não possui um histórico de preocupação com a educação.

Indagados sobre o programa bolsa família, os dois concordaram que a há eficiência no programa afinal, 20 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza, “as pessoas estão comendo” comentou a professora Maria Celina D´Araújo, mas a questão é que os pobres podem até estar comendo mais, mas não a melhora na vida social, as riquezas ainda continuam com apenas 10% da população brasileira. Para Carlos Benedito os programas assistenciais ajudam no combate a pobreza, mas políticas públicas têm que ser pensadas para que as pessoas não se acostumem apenas em receber e sim em participar de processo de melhoria da pobreza.

Sobre o sistema de cotas nas universidades do país, Carlos Benedito afirmou que são políticas emergenciais que precisam ser tomadas, pois o índice de negros nas universidades é baixíssimo, tomou, por exemplo, o caso do Maranhão que possui 80% da população negra, e apenas 3% está na Universidade.


O debate se estendeu até o início das 22hrs, sempre com perguntas tendenciosas do mediador.


5 opiniões:

Anônimo disse...

Acho a iniciativa muito válida. A comunicação , as reportagens devem estar ligadas às aspirações do povo brasileiro. O único problema é quando se adota a ótica de classe, do corporativismo e da despreparada classe política brasileira. O Brasil visto sem a supremacia midiática e dos intelectualóides de confinamento podem dar muito mais luzes a essas iniciativas.
Bela postagem a do amigo.

PArabéns!

J.F. Marques disse...

Muito bom fazer isso ai, são poucos lugares que eles levam uma palestra ou algo que traga mais conhecimento para o povo, isso deveria ser mensal, ainda mais para discutir coisas tão importantes.
Parabéns pelo blog.

Aldo Rossini disse...

Muito interesante essa questão!!!parabens pelo blog!!!

Bruno Marcelo disse...

interesante, porem irrelevante, no não havera corrupção quando não mais haver leis para assim a chamar!

J.F. Marques disse...

Opa, passei lá no post sobre a legalização da maconha que você me indicou quando comentou no meu. Primeiramente excelente texto, tão excelente que poderia ser usado de exemplo para todos que assim como nós são a favor da legalização da maconha. Esse mercado gera altos números lucrativos como você mesmo citou lá, muita gente fala que o Brasil não tem condições de legalizar porque vai haver muitas burocracias e não temos base para isso, mas acho pura ignorância dizer isso, pois assim como você citou a bebida álcoolica não deixa de ser uma droga pois temos um alto índice de álcoolatras e nosso país consegue levar isso normalmente, com as drogas também poderia ser assim, basta pararem com essa ignorância de não teremos condições de mantêr isso. Daria lucro para o governo caso isso acontecesse, porém acho que como está também da muito lucro para os governantes que na minha opinião são quem financiam esse tráfico todo.
Parabéns pelo seu blog, vou relacionar ele na lista dos que eu visito sempre lá no meu blog para poder passar sempre e desfrutar de seus belos textos.
Abraços!