sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A legalização das drogas

O álcool faz mal a saúde e não só de quem bebe. Ele corrói famílias, causa acidentes e cobra uma alta conta do sistema público de saúde. Mas, como o álcool é uma droga legal, seu comércio gerou uma indústria “saudável”, que movimenta a economia como qualquer outro bem de consumo: rende impostos ao governo, lucro para empresas e empregos para quem quer trabalhar. A cada ano, a indústria do pileque fatura US$ 450 bilhões, é isso mesmo enquanto você ta enchendo a cara tem muita gente enchendo o bolso. .
A Cocaína, a Heroína e o Ecstasy também fazem mal à saúde. E também giram um mercado que rende um belo dinheiro: cerca de US$ 330 bilhões por ano. Da ilegalidade, porém, germinou uma indústria doente: em vez de gerar impostos, o dinheiro dos narcóticos chega ao Estado sob a forma de propinas que fomentam a corrupção. O lucro do negócio é investido em armas que alimentam a violência. Em lugar de empregos, o tráfico oferece às crianças e jovens uma vida de crimes.
Discutir se as drogas devem ser legalizadas esconde uma questão anterior: por que proibi-las? Afinal, as drogas sempre existiram. E com, raras exceções, sempre foram toleradas. A primeira política moderna para colocar os entorpecentes na ilegalidade nasceu nos E.U.A, em 1914, “sempre com eles” com o ato de narcóticos, que seria uma reação aos crescentes problemas de dependência e overdose com o ópio e cocaína, uma novidade num país tão religioso, o que não foi pensado, foi um ciclo que começou também neste ano “repressão aumenta o preço, que valoriza o tráfico, que estimula o consumo, que aumenta a repressão” esse ciclo iria se repetir sob influência Norte- americana, pelo planeta o longo do tempo.
Imagine que o comércio das drogas fosse explorado por empresas, com fiscalização séria e punições para quem não cumprissem a lei – nada de “liberou geral”. O comércio aconteceria apenas em locais autorizados – e as drogas mais perigosas seguiriam o modelo dos remédios controlado: venda regulada. Quem comprasse demais seria convocado por uma junta médica para avaliar a necessidade de tratamento. Para o governo, as drogas deixariam de ser prejuízo para se tornar fonte de renda.
Em vez de gastar com a repressão, ele arrecadaria impostos. O dinheiro poderia ser investido em prevenção, tratamento e na fiscalização do mercado. A polícia estaria livre para resolver crimes mais relevantes. O polígono da maconha, em Pernambuco, deixaria de ser uma das regiões mais pobres e violentas do país para finalmente encontrar sua vocação econômica: a agricultura da
Cannabis sativa. E o tráfico de drogas que domina as favelas do Rio de Janeiro morreria tão naturalmente quanto o mercado de máquinas de escrever: ninguém mais se interessaria pelos produtos do comando vermelho.
Segundo um relatório publicado pela ONU em 2007, cerca de 200 milhões de pessoas usam drogas no mundo. Apenas um oitavo dela tem dependência. Para os outros sete oitavos de usuários ocasionais, a lei é mais perigosa que a droga, mesmo no Brasil, onde não esta mais prevista a pena de prisão, quem for flagrado com maconha ou Ecstasy e condenado como usuário passará a ter uma ficha criminal e poderá ser concedido a réus primários.
A legalização permitiria taxar a venda de drogas. O dinheiro poderia financiar a prevenção e o tratamento de usuários. Diante dos preços atuais, mesmo um super imposto de 500% quebraria o comércio ilegal. O tráfico se transformaria em um negócio tão pouco atraente quanto é hoje o contrabando de cigarros.
Some-se isso a um controle sobre as armas e a criminalidade despencariam, os problemas socioeconômicos iriam se manifestar em algum lugar, mas o número dos crimes com morte cairia, porque o número de armas cairia e a fonte de financiamento para comprá-las estaria seca. “Os morros do Rio, por exemplo, poderiam ser finalmente reintegrados à cidade. Agora tire suas conclusões.

9 opiniões:

Pedro Ferreira disse...

É muito perigoso acreditar que com a legelização do uso de drogas haverá um aumento na arrecadação de impostos, acho até mórbido construir uma ponte em nome da destruição gradual de um ser humano. Também é um pouco utópico achar que isso realmente vá acontecer, em um país como o Brasil onde os maiores bandidos são os que tornam as leis possíveis.

Unknown disse...

eu acho meio mals a gente liberar as drogas liberar agora k tão resolvendo os problemas das bebida

jah basta os bebados vamo te que aturar os drogados

alias que vergonha a gente ir numa cidade cheia de gente doente no chão se matando por pedra

http://zcolmeia.blogspot.com/

will disse...

entaum.... concordo q é meio q utopia acreditar q um dia a maconha vai ser legal no brasil.
mas tem gente tentando isso um exemplo é o politico Fernando Gabeira se naum estou enganado é partido verde. ele jah tentou a profissionalização da prostituição e a descriminalização da maconha no brasil... mas de nada deu ainda.

E temos q ver o seguinte...
quem começou com a marginalização da maconha no mundo além do governo norte americano maior culpado com um carinha chamado Harry alguma coisa... jornalista q escreveu sobre um suicidio ficticio causado pelo uso da maconha...São as industrias de de cigarros, papel e tecidos... causadoras da proibição na decada de 20 por medo do concorrente...
e como ele ainda estão ai fica dificil essa liberação.

ah meo.. se for falar tem tanta coisa...
tanta coisa contra por questões politicas, economicas, raciais...

então acho que no momento o melhor a se fazer é ir embora pra jamaica ou holanda... e viver um pouco de liberdade

pensando morreu um burro disse...

Complicado essa história de entregar a responsabilidade de uso de um entorpecente nas mãos de quem quimicamente "precisa" dele, faz-se necessário entender que é humanamente impossível esse auto-controle, os mecanismos de repressão nunca poderão ser substituídos por uma decisão oriúnda de uma pessoa doente, afinal, se fosse dada ao peixe o conhecimento do que é a isca e o anzol, ele deixaria de comer ?

http://organizadorduniverso.zip.net/

deixo meu endereço do blog, para quem quiser discutir outros assuntos aqui na Ilha do Amor, fiquem a vontade para dar sua opnião, criticar ou elogiar, se for o caso.

obrigado

Ilberto Paixão

Marcelo disse...

Não sou a favor da legalizão total das drogas, e tenho plena certeza que elas não influênciam nem em 2% dos problemas do mundo. Antes mesmo de discutir a legalização de um baseado devemos nos preocupar com a violências, com as armas e corrupção no Brasil. Isso é muito mais perigoso pra sociedade do um simples cigarro de maconha.

Não sou o Planet Hemp, mas D2 paz, matenha o respeito rs

Abraço.

http://papodomarcelo.blogspot.com/

Anônimo disse...

Todas as pessoas são capacitadas para lutarem pelas causas que elas entendem serem justas não somente à elas mas à sociedade. Mas o perigo disto, mas um perigo inevitável, é cegar-nos por causas que podem vir a nos prejudicar como sociedade no futuro .

ByRafael disse...

Meu..
belo texto,

O problema eh que um país tem de tomar a iniciativa para os outros tomarem como base...
Eh um tanto quanto perigoso...
Pode não dar certo como imagina-se, mas se der, eh a resolução de uma boa parte dos problemas do Brasil...

Belo Texto e bela reflexão mlk!!!
continue assim!!

http://arteen12f.blogspot.com/

Unknown disse...

Eu já tive problema com drogas, às vezes não concegui encontrá-las. Depois descobri que a culpa era da minha empregada que tinha a mania de tirar o pó da sala!

Mas falando sério, sou contra a legalização, perdi um grande amigo por causa das drogas.

Rafa Rangel disse...

Vira e mexe, seja lendo um jornal ou numa roda de amigos, quando o assunto é a violência ligada ao tráfico de drogas, logo aparece a opção da legalização das drogas, como ponto cabal para diminuição da violência. – Legalizando as drogas, o poder de venda seria tirada das mãos do tráfico e passaria para mãos de empresas, e ainda o Estado ganharia com os impostos. Dizem os que vêem pelo lado econômico. – Com a liberação das drogas, o uso vai diminuir o fascínio dos jovens e o uso vai ser menos atrativo. Dizem os que vêem pelo lado social-psicológico do assunto.Bem, após ler mais sobre o assunto, fixei ainda mais minha opinião, e como demonstrei previamente no tema, solução com liberação é UTOPIA. É didático que eu me refira a alguns preceitos da Lei Maior que rege a nossa sociedade nesse país.Entre outros princípios Constitucionais, um princípio que rege o Sistema Tributário Nacional, o principio da seletividade do Imposto sobre Produtos Industrializados, como rege o art.153,§3°,II, que o IPI será obrigatoriamente seletivo, o que isso significa, que o imposto cobrado sobre cerveja, cachaça, cigarro, maquiagem e outro tem que ser mais pesados do que o impostos cobrados sobre produtos essenciais como arroz, farinha, feijão e outros, e a normalidade do processo é para assegurar uma sociedade com menos vícios, o governo cobra impostos com alíquotas chamadas proibitivas, para desestimular o uso, um exemplo clássico é o do cigarro que chega a pagar alíquotas de mais de 300% sobre o custo,de modo a inibir o uso. Voltando ao tema, fico imaginando, qual seria a alíquota para comercialização da maconha? E da cocaína que o uso exagerado pode levar a pessoa a morte uma única utilização? Se é pra proteger a sociedade de substâncias viciantes, a alíquota estaria então com algum número na casa dos quatro dígitos. Isso sem falar de outras drogas...Agora sim, a aplicação prática. Uma possível liberação, os entorpecentes seriam produzidos em fabricas legalizadas, com pontos de vendas autorizados (em shoppings, bares, farmácias e restaurantes...) o Estado arrecadaria bastante, os ricos utilizariam drogas sem maiores problemas, pois poderiam sustentar o vício de pagar por uma carreira de cocaína talvez R$80,00, R$90,00 (não se esqueçam dos impostos), andariam com suas notas fiscais e receitas médicas autorizando o transporte e o uso. Seria lindo, o fim da “duras policiais” o uso liberado, tudo lindo, se não fosse o provável aumento vertiginoso do consumo, e pelo fato de que a classe média e a classe baixa continuariam a ser os maiores compradores de drogas dos traficantes. O uso de entorpecentes tributável, tornaria o uso impraticável para 90% dos usuários, e quem iria fornecer para esse nicho consumidor carente, os traficantes de drogas é lógico; mas agora com outro enfoque, nada de policia subindo o morro com Caveirão, nem tiroteio a qualquer hora do dia. A responsabilidade agora seria da Receita Federal e não mais das polícias, afinal que seria o crime por vendas drogas? Somente o da sonegação, sendo competência da Receita dos entes, fiscalizar o comercio e fechar os estabelecimentos irregulares. Imagina, se nem a polícia com armamento militar consegue fechar esses estabelecimentos, imagino uma operação da Receita para fazê-lo. Seria até cômico, se não fosse trágico.Em relação ao lado sócio-psicológico da questão, eu me pergunto, existem mais jovens usuários de bebidas alcoólicas ou de cocaína? de cigarro ou de maconha? Acho que não há discordância que há muito mais usuários de drogas lícitas do que ilícitas. O fato de ser ilícito, inibe e constrange a maioria das pessoas e é pensando na maioria que sempre são feitas os regulamentos para a sociedade, a legalização é um retrocesso a política vital do Estado de promover uma sociedade mais justa e sadia e o combate as drogas é uma guerra sem fim, como se fosse entre o bem e o mal (sendo simplista), mas o posicionamento das pessoas nessa guerra deve ser sempre, pela vitória de um bem maior e não de uma omissão maior.A legalização diminuirá constrangimentos, aumentará o consumo e atará as mãos do Estado, não vejo beleza em ser vanguarda rumo a uma direção para um caminho que leve a destruição da sociedade, sociedade que se posicionou de forma inteligente para inibição da propaganda do uso do cigarro, que sabe um dia para a mesma visão em relação a bebida alcoólica, não pode retroceder liberando o uso de entorpecentes ilegais, a liberação seria uma vitória para os traficantes e talvez para alguns usuários e comerciantes mas seria de fato uma derrota, sem precedentes para toda sociedade.