Foi na zona rural do Acre, em um seringal chamado Bagaço, a 70 quilômetros de Rio Branco, que a senadora nasceu e morou até a adolescência. Filha de nordestinos retirantes, enfrentou as agruras da vida desde muito cedo. Sua rotina diária era árdua. Acordava às quatro horas da manhã, aprontava farofa com café para os irmãos no fogão a lenha. E percorria sete quilômetros até o seringal. O mesmo percurso fazia de volta ao anoitecer. Dos 11 irmãos, dois morreram de sarampo e um de tétano. Ainda criança, aos 6 anos, teve seu sangue contaminado por mercúrio e foi desenganada pelos médicos por quatro vezes. Adolescente, ainda contraiu hepatite, e foi tratada com medicamento para malária. Aos 13 anos, sentiu uma grande vontade de ser freira. Confessou o desejo ao pai, que foi tachativo: "Freira não pode ser analfabeta."
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Foi movida por essa vontade que, aos 16 anos, Marina ganhou as ruas. Mudou-se para a capital do Estado, alfabetizou-se pelo antigo Mobral e conseguiu seu primeiro emprego como empregada doméstica. Após fazer o supletivo, em 1984, formou-se em história pela Universidade Federal do Acre. Em 2003, com a chegada de Lula ao poder, Marina assumiu o Ministério do Meio Ambiente, onde permaneceu até maio de 2008, quando pediu demissão no rastro de uma série de quedas de braço com Dilma Rousseff.
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O principal deles, devido ao atraso na concessão de licenças ambientais pelo Ibama, que foi apresentado como o grande vilão para o não andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Aos 42 anos, a católica das Comunidades Eclesiais de Base que pregava a Teologia da Libertação se converteu à Igreja Evangélica.
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