terça-feira, 3 de março de 2009

Jornalista no Rio: profissão perigo

Após o assassinato do jornalista TIM Lopes em junho de 2002, as principais empresas de jornalismo tem discutido até onde o jornalista deve ir para obter as informações sobre um fato.

Morto após ser descoberto por uma câmera escondida quando fazia uma matéria para a TV Globo, sobre exploração sexual de menores em baile funk, TIM Lopes entrou para história do jornalismo nacional e mundial, pela sua audácia em ir afundo em uma matéria.

Hoje em dia no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, a profissão de jornalista se tornou uma profissão perigo, muitas redações de jornais privam seus repórteres de fazer matérias em favelas cariocas por conta do risco a que eles são expostos.

Coletes a prova de balas e até carros blindados, estas são as armas de defesa que alguns jornalistas dispõem para poder fazer uma matéria em algum morro carioca.

Essa problemática leva consigo a certeza de que não há limites para os criminosos no Brasil. Nem a imprensa se salva mais, antigamente os jornalistas podiam entrar e sair tranquilos das favelas e morros do Rio De Janeiro, hoje o medo toma conta das redações quando o assunto é cobrir algo em alguma favela.

Repletos de facções rivais, os morros colocam os repórteres em situações de hostilidade na própria comunidade, seu papel de agente da sociedade é muitas vezes confundido e sua neutralidade não é bem aceita pelos donos do morro que não entendem que o jornalista não está do lado da policia ou do bandido e sim da sociedade em geral.


5 opiniões:

Liliam Freitas disse...

Neutralidade? Vc acredita nisso? Eu não, nem na Ciência, imagina no Jornalismo Tupiniquim. O jornalismo está imerso ao mundo e todas as suas truculências. O jornalista não se salva, é preciso tomar cuidado, no Rio então.
E a fonte dos jornalista no geral é a Polícia. Por isso, o traficante vê esse jornalista é mais um bandido.

Seria ótimo que tivessemos jornalistas ancorados nas comunidades e favelas cariocas, mas não temos. Ricardo Noblat fala que Tim Lopes morreu por ter sido vacilão, eu não vou entrar no mérito da questão. Ele estava fazendo seu trabalho da forma que achava certo, lá na comunidade. Quem será a próxima vítima??? Se jornalista é profissão de perigo, o país é de risco!!!!!!!!!!!!!!!!!

Frank Lima disse...

Lilian é complicado, mas o jornalista quando vai a favela vai em missao de paZ mesmo, acerca disso esta o termo "neutalidade".

Voce tem razão, na maioria das vezes a fonte "oficial" do jornalista é a policia, mas isso se dar por conta do medo do jornalista em encarar um morro repleto de traficantes que procuram a todo fio uma cabeça de jornalista para [apenas] aparecer na mídia.

discordo plenamente do Noblat, Tim Lopes, ao meu ver, foi um martin para o nosso jornalismo, digo mais sua morte representa muito mais ao jornalismo do que a morte do nosso amigo Vladimir Herzog, Tim mostrou uma faceta que não era exposta nos meios de comunicação, mostrou que ser reporter É um risco, mas acima de tudo é um mérito de poucos, que utilizam o seu tempo produzindo boas reportagens mesmo com todo perigo em volta.

valeu Querida Lilian, obrigado mais uma vez pelo seu belissimo comentÁrio.

Liliam Freitas disse...

compreendo a sua neutralidade, para mim não ficou clara.
Dificil o paralelo que você vez entre dois nomes Vladimir e Tim. No primeiro era uma ditadura contra ele, e no segundo os traficantes. Eu não sei não

Filipe Oliveira disse...

Quem sabe os traficantes veem nos jornalistas seus crimes, a sujeira axistente nos morros sendo denunciada, exposta na televisão.

Mas concordo que de alguma maneira o jornalista está fazendo um trabalho que visa o bem estar de todos.
Possa ser que um dia ele vá fazer uma reportagem ao morro para denunciar o que os moradores fazem de errado, mas podem também denunciar o que falta para essa população, ajudando eles.
Então acho quem quem decide o lado em que o jornalista vai ficar é a reportagem que ele tem que fazer.

:D
Legal a discussão.

Frank Lima disse...

boa Filipe, é isso mesmo, muitas vezes as reais denuncias sobre o que realmente falta a população vem inteiramente dos jornalistas que estão ali fazendo a materia.

o proprio descaso do poder publico é somente visto e avaliado depois que alguma matéria é veinculada em algum meio de comunicação.

tbm concordo que o jornalista em muitos casos o jornalista esta fazendo um trabalho para o bem estar de todos, podemos citar por exemplo, a atual conjuntura politica brasileira que hoje em dia é destque em nossas midias o que faz com que se tenha outros olhos com relação a politicalha que é feita em Brasilia, o papel dos jornalistas foi primordial para tanatas discussoes.

e por ai vai,

abraços amigo e obrigado pelo comentario.